Autismo: Como Lidar com o Diagnóstico

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Autismo: Como Lidar com o Diagnóstico

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Quando uma criança é diagnosticada com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o processo de aceitação pelo qual os pais e a família passam assemelha-se à dinâmica do luto, que compreende cinco etapas: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Nesse momento é como se os pais começassem a dar adeus ao perfil da “criança ideal” e as perspectivas e sonhos em relação a ela, e imediatamente se deparam com um turbilhão de emoções, informações, decisões e adaptações.

O diagnóstico de autismo é sem dúvida impactante e pode provocar um sentimento de culpa e muito estresse nos pais e cuidadores. É importante que a família busque suporte não só para a criança como também tenha contato com grupos de apoio para que possa superar quaisquer dificuldades iniciais de maneira tranquila, mantendo a saúde física e mental de todos.O TEA é um assunto que cada vez mais pessoas têm conhecimento, mas ainda há muita desinformação. Alguns membros da família podem ter percepções equivocadas ou uma compreensão limitada ou distorcida sobre o autismo. Cada autista é único, com habilidades e limitações distintas. Porém, nem todas as pessoas têm consciência disso e podem ter um estereótipo do que é autismo e o que uma criança autística pode ou não fazer. Essa situação pode ser contornada de uma maneira: educar-se e educar os outros sobre autismo de maneira geral e sobre a condição específica do diagnóstico da criança em questão.

No que diz respeito às fases iniciais do luto do autismo, pais, responsáveis, familiares e cuidadores podem usar as estratégias a seguir para lidar mais acertadamente com o novo panorama que acaba de ser apresentado:O TEA é um assunto que cada vez mais pessoas têm conhecimento, mas ainda há muita desinformação. Alguns membros da família podem ter percepções equivocadas ou uma compreensão limitada ou distorcida sobre o autismo. Cada autista é único, com habilidades e limitações distintas. Porém, nem todas as pessoas têm consciência disso e podem ter um estereótipo do que é autismo e o que uma criança autística pode ou não fazer. Essa situação pode ser contornada de uma maneira: educar-se e educar os outros sobre autismo de maneira geral e sobre a condição específica do diagnóstico da criança em questão.No que diz respeito às fases iniciais do luto do autismo, pais, responsáveis, familiares e cuidadores podem usar as estratégias a seguir para lidar mais acertadamente com o novo panorama que acaba de ser apresentado:

  • Dar-se tempo para aceitar o diagnóstico: às vezes, os pais se apressam nessa fase negligenciando suas próprias necessidades físicas e psicológicas e dos outros membros da família, pois estão focados exclusivamente em atender a criança autística. Ter insegurança, tristeza, apreensão ou qualquer outra sensação negativa faz parte da fase inicial e essas sensações podem ser administradas mantendo a calma e estando aberto para buscar informações e receber ajuda. Portanto, é fundamental que os pais tenham tempo para experimentar os sentimentos que acompanham o diagnóstico do TEA e se manterem atentos para suas demandas pessoais. Além disso, é essencial lembram-se de que autismo não é uma sentença, nem para a criança, nem para a família.
  • Eliminar a culpa: Alguns pais despendem muito tempo tentando identificar a causa do diagnóstico de autismo ou lamentando-se por não ter percebido os sintomas mais cedo. Isso geralmente desencadeia culpa, derrotismo e vergonha. Esse tipo de conduta nunca é produtivo, pelo contrário, mantém os pais estagnados, preocupando-se com o que eles acreditam que deveriam ter feito e os impede de concentrar-se em soluções.
  • Buscar auxílio com pessoas na mesma situação: existem diversos grupos de apoio para famílias de crianças com TEA e muitos desses grupos podem ser encontrados em redes sociais. Além disso, é indicado procurar conhecer pessoalmente outras famílias que estão passando pela mesma situação para troca de experiências, pois isso ampliará o entendimento e compreensão sobre o autismo.
  • Ter tempo para o relacionamento do casal e para os outros membros da família: reservar tempo para o casal, mesmo que apenas alguns minutos, para focar um no outro diariamente e não apenas na criança autística. Em relação aos outros filhos e demais familiares, é importante tranquilizá-los e, dentro do possível, manter uma rotina na qual haja uma interação e consideração permanente de todos.
  • Fazer novos planos: antes do diagnóstico de autismo, os pais já imaginavam a criança praticando esportes, se formando, casando e tendo filhos. Algumas conquistas previstas para essa criança podem não se concretizar, mas há uma série de outras vitórias possíveis. As expectativas e planos precisam ser ajustados à nova realidade, mantendo o foco em auxiliar para que a criança autística se torne o melhor que puder ser

Referência:

ALI, Dilshad D. How to Handle Your Child's Autism Diagnosis. Parents.com. 2015. Disponível em <https://www.parents.com/health...;. Acesso em: 29 de maio de 2021.

imagem: Freepik.com

Autor: Carol Marcellino